Análise de Projeto de Prevenção Contra Incêndio e Pânico Modelado em BIM

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SEIL/DGI - Atualizado em maio de 2022 

 

 

RESPONSÁVEIS: SEIL/DGI e Corpo de Bombeiros do Paraná

USOS BIM: Criação de conjunto de regras; Análise automatizada de Projeto de prevenção contra incêndio e pânico; Validação quanto ao atendimento de normas técnicas

SOFTWARES: Checagem: Solibri Model Checker

INÍCIO DA ATIVIDADE: 2015

 

CONHEÇA O PROCESSO

Em parceria com o Corpo de Bombeiros do Paraná, em 2015, a SEIL/DGI via LaBIM, realizou um estudo de caso a fim de verificar a possibilidade de automatizar análises de projetos de prevenção contra incêndio e pânico modelados em BIM.

O estudo foi realizado a partir de um projeto de escritório e o software utilizado para a análise foi o Solibri Model Checker,  que além da compatibilização de projetos e detecção de conflitos, permite a customização de regras para validação de normas técnicas.

Inicialmente, foi consultado o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CSCIP) que dispõe sobre as medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres nas edificações, estabelecimentos, áreas de risco e eventos temporários. De acordo com Tabela 1 - Classificação das Edificações e Áreas de Risco Quanto à Ocupação, presente nos anexos do CSCIP, o escritório em questão se enquadra no grupo D, Serviço profissional, divisão D1.

Após identificada a classe da edificação quando à ocupação, foi consultada a Tabela 5 – Exigências para Edificações, para identificação das medidas de segurança contra incêndio a serem adotadas, conforme indicado a seguir:

 

Tabela 5 - CSCIP CB

Tabela 5 – EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES (CSCIP – CB/PMPR)

 

Para cada uma das exigências identificadas, foi utilizada a norma de procedimento técnico (NPT) respectiva:

  • NPT 11- Saídas de Emergência
  • NPT 17 - Brigada de incêndio
  • NPT 18 - Iluminação de Emergência
  • NPT 20 - Sinalização de Emergência
  • NPT 21 - Extintores

A partir destas normas, foi feita uma relação dos itens a serem analisados. Para isso, foram consideradas duas condições:

  1. O item especificado na norma se aplica ao caso de edificação tipo “D-1”?;
  2. O item especificado na norma pode ser checado como regra no Solibri, por meio de parâmetros geométricos ou informações de tipologia (tipo de extintor, nível de iluminamento, entre outras)?

Durante essa avaliação constatou-se que o uso da NPT 17 não seria necessário, tendo em vista que ela trata de edificações com lotação superior a 100 pessoas e, portanto,  não é aplicável ao caso do escritório objeto do estudo.

RESULTADOS OBTIDOS

Cabe ressaltar que, por padrão, o Solibri  contém regras definidas para diferentes tipos de análises, sendo assim, o presente estudo consistiu na adaptação dos critérios disponíveis em cada regra para os valores (distâncias, áreas, entre outros) exigidos nas NPTs. Desta forma, foi possível verificar a aplicabilidade da ferramenta e exequibilidade dessas análises específicas.

 

Ilustração Análise - Software Solibri

ANÁLISE SOLIBRI - PROJETO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO MODELADO EM BIM

 

No software foram criados conjuntos de regras (rulesets) para cada uma das NPTs utilizadas como referência, com a finalidade de avaliar, entre outros, os seguintes parâmetros:

  • Conjunto de Regras NPT 11: largura das saídas (acessos, escadas, etc), e distâncias máximas a serem percorridas até as portas de acesso às saídas e escadas;
  • Conjunto de Regras NPT 18: distâncias máximas entre pontos de iluminação de emergência e nível mínimo de iluminamento dos ambientes;
  • Conjunto de Regras NPT 20: altura de instalação da sinalização de emergência e distâncias máximas entre sinalizações;
  • Conjunto de Regras NPT 21: altura de fixação de extintores e livre acesso para uso do dispositivo, verificado pela obstrução ou não da área circundante.

 

Os itens que tratam sobre detecção de obstáculos e visibilidade, não puderam ser validados por não existirem regras que permitissem esse tipo de verificação.

Por fim, para que a análise pudesse ser feita de maneira adequada, constatou-se que:

  • O modelo precisa ser alimentado com informações específicas;
  • O responsável pela validação das regras, deve classificar alguns elementos, conforme critérios existentes nas regras, e alterar os parâmetros sempre que necessário, de acordo com o tipo de edificação analisada;
  • Vários itens não podem ser validados de forma automatizada; e
  • Além dos conhecimentos técnicos de análise de projetos de Prevenção e Combate à Incêndio, há necessidade de conhecimento do software de checagem para interpretação dos resultados.